sábado, 29 de outubro de 2011

2010 é agora!


A pesquisa publicada nesta manhã pelo Jornal da Paraíba e já vazada na maioria dos Portais do nosso Estado desde ontem, trouxe um recado muito forte aos atuais comandantes do executivo municipal e estadual: terão que olhar mais para o povo e menos para a truculência que estão tentando colocar em prática, como forma de tentar reverter o que parece inevitável: o desgaste.
Muitos afirmam que Luciano Agra é uma réplica de Ricardo Coutinho, uma réplica mal acabada, pelas atitudes que vem tomando em relação às críticas e desafios na gestão municipal. Com a mesma arrogância do chefe e as mesmas reações, o que Agra ganhou foi no máximo aplausos apenas daqueles assessores incautos que o acompanham e que nada entendem de política e que primam por darem “corda” ao prefeito colocando mais lenha na fogueira das vaidades. O resultado é que em suas reações às críticas o prefeito passa para a opinião pública uma imagem intransigente e intolerante.
Um administrador às vezes precisa ser fiel aos seus princípios e as suas ideias, para fazer valer o seu projeto de gestão. Todavia, esses princípios têm regras e estilos e não podem se contrapor aos anseios dos que estão sob o seu comando, o povo.
No caso de Agra, ele teima em andar na contramão dos desejos da população. E isso tem sido motivo diário de inúmeras queixas que ecoam de todos os bairros da nossa maltratada Capital. Seja na saúde, educação, urbanização e ruas esburacadas ou falta de obras estruturantes, o que estamos assistindo hoje é o prefeito mais preocupado com a eleição que ainda vai acontecer em 2012 do que os problemas gritantes e que se acumulam no dia a dia. Resultado: o inevitável desgaste.
O caso do Aeroclube do Bessa ainda não foi digerido pela população, mesmo àquela parcela que pensava numa solução negociada para a transferência de local da pista de pouso.
A quem Luciano Agra poderia recorrer anda de mal a pior. O atual Governador Ricardo Coutinho, que poderia ser um enorme cabo eleitoral de Agra, fazendo este sair do limbo do anonimato político, anda tão preocupado com os problemas a sua volta, que são vários, que se quer tem condições de ajudá-lo. Pior, ambos temem que um atrapalhe o outro, pois ambos andam pra lá de queimados junto à população e ao eleitorado. E um não quer mais andar com o outro.
Se Agra enfrenta um desgaste, o que Coutinho enfrenta tem proporções mais desastrosas ainda, pois ajuda negativamente todos os que o cercam.
E a pesquisa está apontando hoje que os maiores adversários tanto do prefeito como do governador são os atuais vencedores da simpatia popular. O Senador Cícero Lucena com 23% e o ex-governador José Maranhão com 19% ultrapassam com folga o atual prefeito Luciano Agra.
E do jeito que vai a coisa vai piorar, pois há de se considerar que Cícero Lucena já administrou João Pessoa e foi reeleito com mais de 80% da simpatia do pessoense. Não continuou logicamente porque não poderia concorrer a outra eleição na capital. Maranhão já ocupou diversos cargos e não ganhou de Ricardo por descuido e praticou o “já ganhei” muito cedo. Mas Maranhão sempre foi e sempre será páreo duro em qualquer peleja que entre.
A pesquisa publicada pelo Jornal da Paraíba traz ainda outra revelação já esperada por tudo que já foi dito aqui em relação ao sentimento de mudança: se todos do bloco da oposição desistissem, os votos migrariam para o Senador Cícero Lucena, aumentando ainda a distância percentual e deixando cada vez mais claro o recado da população de estar arrependido de ter elegido Ricardo Coutinho e este ter deixado o atual prefeito em seu lugar.
O recado de 2012 já está dado. A população não aceita mais governante que não dialogue com ela (e não apenas com os seus maus “conselheiros”).  Espera um governante que mantenha um diálogo franco, aberto e direto com as comunidades e representantes populares, seja de que corrente estejam atuando. Que respeitem o patrimônio público e primem pela boa educação e carisma ao invés de truculências.
O caminho para 2012 ainda é longo, mas como respiramos política o tempo todo, as cartas já estão na mesa e do jeito que vai, parece que o Senador Cícero Lucena terá mais uma vez o desafio de tirar a nossa Capital do buraco.




segunda-feira, 3 de outubro de 2011

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM SETE ATOS



Na vida tudo tem uma razão de ser e nenhum ato é isolado, independente e suas dimensões sempre trazem repercussões a quem se encontrar em volta.

E também temos que ter em mente, seja nas organizações ou na nossa vida pessoal, que as nossas atitudes devem ser pensadas, planejadas e aferidas, para vermos se os resultados estão dentro dos planos traçados.

É muito importante para uma organização, qualquer que seja o seu tamanho, definir em primeiro lugar qual é a sua MISSÃO.

Com ela, você terá um norte do que pretende ser, aonde quer chegar, num determinado espaço de tempo e às vezes obedecendo a um determinado preceito ou diretriz de uma organização maior da qual a sua dependa ou siga.

Um time de futebol pode ter na sua missão a ideia de ser o melhor time brasileiro, uma indústria ser a melhor fabricante de carros passeios, um banco a melhor prestação de serviços financeiros. E você, o melhor profissional...

A MISSÃO é a razão de ser da sua organização. E pode ser a razão de ser da sua vida.

Junto com a missão, vem a VISÃO, que é a capacidade de vislumbrar as oportunidades futuras a partir da leitura feita dos acontecimentos presentes e até passados.

Mas tanto a missão quanto a visão devem estar amparadas por preceitos éticos e para isso é muito importante também sabermos quais serão os VALORES da nossa organização.

Esses VALORES são princípios que balizam as ações e descrevem como cada um deles deve se comportar no cumprimento da missão estratégica proposta.

Logo a seguir, restam-nos duas etapas: descobrirmos quais são os nossos objetivos estratégicos e quais as metas estabelecidas.

O OBJETIVO é um ponto concreto que queremos atingir, devendo ter parâmetros numéricos e datas a serem alcançadas. Já a META é uma segmentação minuciosa do objetivo, em que o aspecto quantitativo tem uma importância maior, ou seja, é mais preciso em valor e data.

Pronto, o alicerce está montado, você ou sua organização tendo claramente esses preceitos vivos e em atividades, estarão prontos para o mercado, mas precisam agora agir.

Agir sim, claro! Pois não há como dar certo se você apenas esperar que tudo isso irá se encaixar automaticamente como uma máquina em que se aperta um botão. Não adianta termos em mãos a MISSÃO, a VISÃO, os VALORES, os OBJETIVOS e as METAS e nos isolarmos, pois eles não têm pernas e sozinhos não vão resolver tudo, achando você que poderá dormir sobre as escritas e num estalar de dedos tudo será um sucesso. Não, haverá de trabalhar e lutar para que as coisas andem conforme planejado e sigam seu rumo de forma eficiente e eficaz. Precisará de atitude.

Vou ilustrar de uma forma objetiva e direta, mas bem engraçada contando umas bobas historinhas (piadas) já de conhecimento popular, como as coisas se encaixam perfeitamente nas pessoas e nas organizações. Espero que gostem e tirem delas exemplos para mudarmos as nossas atitudes, que sejam nas organizações ou até em relação a nossa vida profissional.

Estão divididas em sete atos, como diz o título desta matéria.

1º ATO – Confidência nas informações

 Um rapaz vai a uma farmácia em busca de preservativos e disparou: Tem preservativo? Minha namorada me convidou para jantar esta noite na casa dela. O farmacêutico dá-lhe o preservativo e o jovem sai. De imediato, volta, dizendo: quero outro. A irmã da minha namorada vive dando mole e eu acho que também quer me dar... O homem dá o preservativo ao jovem. Ele volta, dizendo: mais outro. A mãe da minha namorada também é boa pra caramba. Ela vive se insinuando, deve ser mal amada e como eu hoje vou jantar lá... Chega à hora do jantar, o rapaz está sentado à mesa com a namorada ao lado, a mãe e a irmã à frente. Neste instante entra o pai da namorada. O rapaz baixa imediatamente a cabeça, une as mãos e começa a rezar: Senhor abençoa estes alimentos, blá, blá... Damos graças por estes alimentos... Passa-se um minuto e o rapaz continua de cabeça baixa rezando: Obrigado Senhor... blá, bla... Passam-se cinco minutos: abençoa Senhor este pão. Todos se entreolham surpreendidos, e a namorada lhe diz ao ouvido: Meu amor, não sabia que eras tão religioso... E eu não sabia que o teu pai era farmacêutico!

Conclusão: Não comente os planos estratégicos da sua empresa com desconhecidos, porque essa inconfidência pode destruir a sua própria organização. Lembre-se, o segredo ainda é a alma do negócio. O mundo é bastante competitivo e global, sua informação privilegiada pode ser o seu patrimônio.



2º ATO – Compartilhe informações no momento certo

Um homem está entrando no chuveiro enquanto sua mulher acaba de sair e está se enxugando. A campainha da porta toca. Depois de alguns segundos de discussão para ver quem iria atender a porta a mulher desiste, se enrola na toalha e desce as escadas. Quando ela abre a porta, vê o seu vizinho em pé na soleira. Antes de qualquer reação que ela possa dizer ou fazer, o vizinho diz: eu lhe dou 3.000 reais se você deixar cair esta toalha agora mesmo! Depois de pensar por alguns segundos, a mulher não hesita e deixa a toalha cair, ficando inteiramente nua para deleite do vizinho que então entrega a quantia prometida e vai embora. Confusa, mas excitada com sua sorte, a mulher se enrola de novo na toalha e volta para o quarto. Quando ela entra no quarto, o marido grita do chuveiro: Quem era? Era o vizinho da casa ao lado, diz ela. Ótimo! Ele lhe deu os 3.000 reais que ele estava me devendo?



Conclusão: Se você compartilhar informações a tempo com sua equipe, pode prevenir exposições desnecessárias. Informação é cara e todos devem estar sintonizados com os negócios da organização.



3º ATO – Você deve compreender e entender o seu negócio

Um Diácono bem religioso está dirigindo por uma estrada quando vê uma religiosa conhecida em pé, no acostamento. Ele para e oferece carona. A religiosa aceita. Ela entra no carro, cruza as pernas revelando suas lindas pernas. O Diácono se descontrola e quase bate com o carro. Depois de conseguir controlar o carro e evitar o acidente, ele não resiste e coloca a mão na perna dela. Ela olha para ele e diz: Diácono lembre-se do Salmo 129! Ele sem graça se desculpa: Desculpe “Irmã”, a carne é fraca... E tira a mão da perna da religiosa. Mais uma vez a religiosa olhando para ele diz: Diácono lembre-se do Salmo 129! Chegando ao seu destino a religiosa agradece e, com um sorriso enigmático, desce do carro e entra num convento. Assim que chega a uma igreja o Diácono corre para as Escrituras para ler o Salmo 129, que diz: "Vá em frente, persista, mais acima encontrarás a glória do paraíso".

Conclusão: Se você não está bem informado sobre o seu trabalho, pode perder excelentes oportunidades. Muitas organizações afundam por falta de informação sobre o seu negócio e sobre o mercado. Devemos estar atento a tudo e ser bem informado, para que as decisões sejam tomadas na hora certa.



4º ATO – Existe a hora certa de se expor

Dois funcionários e o Gerente de uma empresa saem para almoçar e na rua encontram uma antiga lâmpada a óleo. E resolvem compartilha-la. Eles esfregam a lâmpada e de dentro dela sai um Gênio. O Gênio diz: Eu só posso conceder três desejos, então, concederei um a cada um de vocês! Eu primeiro, eu primeiro. "grita um dos funcionários...”, “Eu quero estar nas Bahamas dirigindo um barco, sem ter nenhuma preocupação na vida". Puff! E ele se foi. O outro funcionário se apressa a fazer o seu pedido: “Eu quero estar no Havaí, com o amor da minha vida e um provimento interminável de pina colada!” Puff. E ele também se foi...

Agora chegou a sua vez – diz o gênio para o Gerente.

Eu quero aqueles dois palhaços de volta ao escritório logo depois do almoço para uma reunião!

Conclusão: Deixe sempre o seu Chefe falar primeiro. Nem sempre o primeiro pedaço do bolo é a melhor parte. Observar e falar na hora certa pode lhe render muitas oportunidades na vida e palavra dita não tem volta.



5º ATO – Corra, pois quem fica parado é poste e assim você não vai a lugar algum!

Na África, todas as manhãs, o veadinho acorda sabendo que deverá conseguir correr mais do que o leão, se quiser se manter vivo. E todas as manhãs o leão acorda sabendo que deverá correr mais do que o veadinho, se não quiser morrer de fome.

Conclusão: Não faz diferença se você é veadinho ou leão, quando o sol nascer, você tem que começar a correr. Assim é o mercado. As organizações para manterem-se vivas, correm para “comerem” e correm para não serem “atropeladas”. O trilho fica parado, mas o trem passa por cima.



6º ATO – Saiba qual é a sua posição e função na organização

Um corvo está sentado numa árvore o dia inteiro sem fazer nada. Um pequeno coelho vê o corvo e pergunta: "Eu posso sentar como você e não fazer nada o dia inteiro?". O corvo responde, sorrindo: "Claro, porque não?" O coelho senta no chão embaixo da árvore, e relaxa. De repente uma raposa aparece e come o coelho.

Conclusão: Para ficar sentado sem fazer nada, você deve estar no topo. Todos têm uma posição e uma função na organização. Saiba qual é a sua, faça certo e aproveite as oportunidades, pois o topo lhe espera.



7º ATO – Seja criativo, inove e renove!

Um fazendeiro resolve colher algumas frutas em sua propriedade, pega um balde vazio e segue rumo às árvores frutíferas. No caminho ao passar por uma lagoa, ouve vozes femininas que provavelmente invadiram suas terras. Ao aproximar lentamente, observa várias belas garotas nuas se banhando na lagoa, quando elas percebem a sua presença, nadam até a parte mais profunda da lagoa e gritam: “Nós não vamos sair daqui enquanto você não deixar de nos espiar e for embora”. Ao que o fazendeiro responde: “Eu não vim aqui para espiar vocês, eu só vim alimentar os jacarés!”.

Conclusão: A criatividade é o que faz a diferença na hora de atingirmos nossos objetivos mais rapidamente. Se continuarmos fazendo as mesmas coisas, atingiremos os mesmos objetivos e seremos iguais a todo mundo. Se quisermos mais, atirem-se, criem e inovem nas formas de agir.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

IMPOSTO DE RENDA 2011

No meu texto passado 11 DICAS PARA 2011 (http://www.pbnews.com.br/colunas/11-dicas-para-2011.html) eu adverti que o leão vinha com uma fome danada e como de praxe, seria o assunto da vez, junto com o carnaval. E entra ano sai ano, o Governo Central vem batendo recordes na arrecadação de impostos.

Pois bem, preparem-se e tirem os papéis de dentro da gaveta, a máquina de calcular, pois está na hora de se fazer contas e encarar a fera faminta.

Não custa lembrar que a correção da tabela anunciada pelo Governo Federal, de 4,5% só vale para os rendimentos ganhos neste ano e a declaração que precisamos preencher agora corresponde a uma prestação de contas em relação aos ganhos no ano base 2010.

E quem deve apresentar a declaração de imposto de renda 2011-2010? De imediato, todos os que tiveram rendimentos brutos tributáveis superiores a R$ 22.487,25.

E ainda, os que tiveram rendimentos não tributáveis ou tributáveis exclusivamente na fonte ou também os isentos, com rendas superiores a R$ 40.000,00 no ano.

Mas fiquem atentos àqueles que venderam bens, aplicaram na bolsa ou em outros tipos de investimentos, tiveram a posse ou propriedade de terras de valor acima de R$ 300 mil ou tiveram receitas da atividade agrícola, pois podem também estar cotados a acertarem as contas com o fisco.

O contribuinte ou quem estiver obrigado a declarar, poderá fazer a opção pelos modelos simplificado ou completo, conforme seja o perfil da pessoa e a melhor forma de apresentar-se perante o leão. Em geral o modelo simplificado é o mais vantajoso para aqueles que não têm recibos médicos, escolares ou de despesas dedutíveis dos impostos devidos, em quantidade suficiente para compensar o cálculo automático de 20% (limitado a R$ 13.317,09) que o modelo simplificado oferece. Ou seja, se você tem em mãos comprovantes que podem ser utilizados para abatimento do imposto devido em valor superior aos 20% da sua renda bruta, o formulário simplificado não é um bom negócio.

Quanto mais você poder deduzir acima dos 20% da renda bruta (observando o limite de R$ 13.317,09) melhor, utilize, portanto o formulário completo.

Outra questão imediata e ser decidida: o casal apresentar declaração conjunta ou separada. Na maioria das vezes para o casal assalariado a declaração em separado é mais vantajosa.

Se você possui bens patrimoniais, dependentes e muitas vezes precisa apresentar a declaração de imposto de renda para ter acesso a crédito em bancos e instituições governamentais, faça a declaração no prazo e no modelo completo, pois ele servirá para que você se apresente economicamente de uma forma mais real e legal.

Uma declaração de imposto de renda feita fora do prazo, às vésperas de um crédito bancário ou na proposta para aquisição da casa própria, poderá fazer com que o órgão concessor desconfie das reais condições de seus ganhos e desaprove seu acesso a créditos.

Despesas com instrução dos dependentes estão limitadas a R$ 2.830,84. Poderão ser deduzidas R$ 1.808,28 por dependentes comprovados e ainda, despesas médicas sem limite de valor.

O prazo para apresentação da declaração encerrar-se-á no dia 29 de abril de 2011 e pelo comportamento dos últimos anos ninguém deve apostar em prorrogação, pois essa prática foi definitivamente abolida pelo Governo Federal.

As declarações poderão ser enviadas pela internet à Receita Federal que disponibiliza os aplicativos para confecção e transmissão.

Se o leitor tiver dúvidas específicas sobre o que deve ser declarado ou não, como preencher o formulário (completo ou simplificado) no site da Receita Federal há uma série de perguntas e respostas para orientar o contribuinte, mas este colunista terá o maior prazer em responder aos questionamentos feitos por e-mail.

domingo, 26 de dezembro de 2010


Ano novo! Vida nova! É assim que repetimos todos os anos na passagem do réveillon. Mas esta virada que se aproxima nos traz junto um novo chavão: Ano Novo! Governo Novo! E isso poderá significar novos rumos na economia.

Aqui mesmo nesta Coluna eu já falei aos amigos e seguidores das cautelas que os investidores e consumidores devem ter. Por isso, dedico este espaço para opinar sobre onze dicas que devemos ter no próximo ano:

1) Ao amigo leitor investidor, diversifique suas aplicações. Um tanto na poupança, outros em fundos, ações, CDBs, etc. O Governo sinaliza para algumas taxações e aumento da taxa de juro, que poderá tornar alguns investimentos atrativos, já que a intenção é frear um pouco o consumo que anda alto. A Taxação poderá fazer as aplicações de riscos ganharem da poupança, mas também mais impostos. A poupança, mesmo sendo um investimento de rendimento modesto, continua sendo atrativa pelo baixo risco, acesso fácil e taxação mínima ou zero dependendo da faixa de ganhos;

2) Consumo: cautela e qualidade. “Muita Calma Nesta Hora”. Isso, não alongue muito o crediário e na impossibilidade de comprar a vista, pesquise para ver se realmente os parcelamentos com preços de “à vista” estão ou não com juros embutidos. Só compre o que for estritamente necessário. E deixe para comprar alguns bens após o carnaval, pois tendem a cair de preços pela entrada de novas tecnologias, diversidade de marcas pós Natal ou por estarem fora da época de apelo ao consumo;

3) Vai casar: aproveite, pois a facilidade para o crédito imobiliário ainda vai permanecer por um bom tempo. Talvez em 2011 não haja alteração nas regras, pois esse segmento está impactando para cima no nível de emprego e a circulação de dinheiro no mercado. Adote as precauções e pesquise bairros seguros e tipos de imóveis de boa qualidade e boa sorte;

4) Cartões de Crédito: o que você consumir hoje vai pagar amanhã. Não tem para onde correr. Não comprometa o seu limite total (você pode ter uma emergência e precisar) e não pague apenas o mínimo (os juros são altíssimos). Fique atento com as compras parceladas, pois isso poderá levar a perder o seu planejamento anual. Você se lembra de que na fatura de novembro ou dezembro agora ainda cobraram parcelas assumidas no Natal passado?

5) Cheque especial: aprenda a conviver com ele. Ruim com ele, pior sem ele. A sua utilização também deve ser moderada, necessária e inadiável. O vencimento é de prazo curtíssimo, pois entrou no especial, tem que cobrir logo, para não acumular ou não estourar o saldo. Perder a credibilidade junto à instituição financeira poderá significar o fim da parceria por um bom tempo. E fique atento. Os bancos estão ficando cada vez mais rigorosos na abertura de novas contas;

6) Seu 13º Salário poderá ser bem empregado. Não o use antes de receber e não gaste tudo. No mínimo deixe 40% dele aplicado num investimento ou poupança, para uma urgência, para a matrícula e materiais escolares, por exemplo;

7) Lembra o Leão. Pois é, assim que passarmos o réveillon será o tema da vez. Só se falará nele (além do Carnaval, claro!). Bom, para quem terá imposto de renda a receber, planeje o que fazer com ele. Claro que foi um investimento forçado e não tão bem remunerado, mas ele estará de volta e você agradecerá. Para quem vai pagar uma notícia não muito boa, o Brasil é o 14º País no mundo em cobrança de impostos. Sinal de que a fome do Leão está longe de passar!

8) Vai viajar nas férias. Aproveite, pois a economia está aquecida, facilidades no crédito e na aquisição de passagens e hospedagens (a rede hoteleira se expandiu e modernizou). Só os aeroportos e voos atrasados permanecem os mesmos. Mas não se esqueça dos conselhos anteriores de incluir tudo isso no seu orçamento anual;

9) Se você tinha a mania de anotar todos os compromissos mensais, o fim do ano é uma ótima oportunidade para rever se tudo ocorreu conforme projetado. E também hora de fazer uma revisão e montar novo planejamento.

10) Fim e início de ano vêm acompanhados de novas despesas velhas: matrícula nas escolas, materiais escolares, IPTU, imposto de Renda, Plano de Saúde, aulas de natação, balé, inglês, Universidade, Taxa extra de Condomínio, 13º da secretária do lar, etc.;

11) Em resumo: coloque essas dicas em uma planilha, faça o seu planejamento anual agora, faça as adaptações ao longo do período, revisando e promovendo os ajustes necessários, lembrando que o crédito sempre deve ser maior que as despesas programas, para que no fim do próximo ano você tenha administrado a sua “Empresa Familiar” de forma competente e resistente aos apelos do Consumo.

Meus amigos, claro que isso não é uma fórmula mágica nem tudo acontece dessa forma, existem outras formas de você analisar e controlar seu orçamento familiar, a intenção foi deixar aberta a ideia para que de cada um tenha uma preocupação quanto a uma situação que está presente em toda família, pois quanto maior o número de filhos, maior é a preocupação com o futuro deles. Quem não se lembra do nosso comportamento quando estávamos solteiros ou éramos apenas um casal? Era muito diferente de hoje ou da época que vem o primeiro filho. Não passamos mais a ter preocupação conosco e sim com o conjunto familiar e não pretendemos que nada falte.

Finalizo, portanto desejando a todos um ótimo Ano Novo, com muita paz, saúde e prosperidade!

domingo, 5 de dezembro de 2010

CUIDADOS AO ADQUIRIR UM IMÓVEL

O tão propalado “sonho da casa própria” pode virar um tormento para algumas famílias se alguns cuidados não forem tomados. O impulso e o incentivo que o Governo vem dando ao mercado faz nos despertar hoje para uma situação preocupante, fenômeno este presente em todas as cidades, mas principalmente nas Capitais, onde a capacidade de produção e investimento são maiores.

Com a economia aquecida e o consumo em alta, nos últimos dois anos surgiram milhões de novos “empresários / construtores” no Brasil. Até estrangeiros estão aqui em nossas praias não apenas curtindo nossas belezas, mas comprando tudo que há de vazios para construírem. E o pior é que antes não sabiam e nunca tinham visto uma colher de pedreiro. Da noite por dia as pessoas passaram a trocar os investimentos em poupança e fundos pela construção.

Numa progressão geométrica, os novos “empresários” construíram duas unidades, depois quatro e assim por diante, hoje alguns estão construindo verdadeiros conjuntos habitacionais ou até condomínios. Os terrenos hoje estão valendo uma fortuna, basta serem maiores que um lote.

É ai onde o perigo começa a rondar.

E o amigo leitor deve ficar atento. Se você for um daqueles que ainda não comprou o seu “sonho” e ainda paga aluguel ou mora na casa dos pais, muita atenção. Tome as seguintes precauções:

O Local: faça um mapeamento da cidade e decida-se pelas regiões que gostaria de morar. Visite-as principalmente à noite e em dias chuvosos (é mais fácil ver os defeitos e perigos). Tenha em mente o quanto pretende e pode investir na compra do imóvel. Pense nas necessidades futuras do cônjuge e dos seus filhos;

Se você está disposto a esperar, compre na planta, é mais barato e quando estiver pronto você financia o que ainda não foi pago. Mas considere a metragem do imóvel, posição em relação aos outros. Se for casa, em relação ao sol, se é de esquina ou com prédios na frente, do lado, etc. Se for apartamento, qual o andar, se no fundo ou na frente, se tem elevador, o número de vagas no estacionamento, varandas, áreas de lazer (piscina, salão de festas, jogos, lazer, etc.). E não se esqueça de perguntar pelo preço do condomínio;

Bom, quanto você está disposto a comprometer a renda, qual é realmente o valor da prestação que a família suportaria. Lembre-se que o contrato vai durar em média uns 25 anos (300 meses). Tem dinheiro para dar de entra e pretende usar o FGTS? Caso disponha de uma boa reserva financeira, veja se é possível utilizá-la na entrada da compra do imóvel, sem esquecer que existem despesas no ato do financiamento, prefeitura e cartório;

O Imóvel: assim como o falamos do bairro, visite o local do imóvel de dia e de noite. Com sol e com chuva. Verifique tudo que há em volta, se há outros empreendimentos nas imediações. Se a infraestrutura disponível pelos órgãos públicos é adequada e há serviços oferecidos como escolas, padarias, supermercados, farmácias, hospitais, linhas de ônibus próximos, parques. Visite sites especializados na venda de imóveis, além de imobiliárias, corretores ou incorporadoras, preocupando-se com os que não têm essas ferramentas ou não possuem endereços fixos;

Ao optar pela compra de um imóvel na planta, pesquise a história e a atuação da empresa construtora / incorporadora e, se possível, visite uma obra já entregue por ela. Antes de assinar qualquer documento ou o contrato de compra e venda tenha uma atenção com os dados neles transcritos e nos documentos do imóvel. Um advogado de sua confiança nessas horas ajuda muito. Cuidado com as cláusulas do contrato, principalmente as de arrependimento;

Programe-se: e previna-se, pois os valores das prestações pagas durante o período da construção do empreendimento é diferentes das parcelas de financiamento do saldo devedor. O fundamental é que a parcela sempre caiba no seu orçamento;

Fundo de Reserva: Após a liberação do financiamento, da assinatura da escritura do imóvel o comprador precisará pagar o ITBI à Prefeitura (em média 3% do maior dos valores: venda ou avaliação) e das taxas de registro cartorárias. Juntas, elas podem representar cerca de 4% do valor do imóvel avaliado. Programe-se e faça a sua reserva financeira. Muitos vendedores só entregam as chaves da unidade após todo esse ritual cumprido.

Se você tem pressa, saiba que ao optar pela utilização do FGTS como parte da entrada, o contrato de financiamento sofrerá o retardo de alguns dias (em média cinco dias úteis) e isso tem que estar dentro dos seus planos. Se informe sobre as regras para utilização do FGTS, pois na pressa você poderá comprometer ou prometer essa parcela e não ter direito a utilizá-la ainda.

No mais, boa sorte e bom proveito, lembrando-se que hoje o imóvel muitas vezes será aproveitado por um tempo até superior à maioria dos casamentos.

Mas aproveite e corra logo para comprar o seu tão sonhado imóvel, pois o novo Governo já dá sinais de preocupação com o alto consumo, tanto que em relação a alguns produtos (automóvel, por exemplo) já está com regras mais rígidas para serem divulgadas visando o controle do consumo, conter a alta de preços e consequentemente o descontrole do mercado, que repercutirá no controle inflacionário e nos investimentos produtivos.

sábado, 13 de novembro de 2010

O dólar e a Bolsa de Valores. Quando um sobe o outro desce.

Todos já sabem que vivemos numa era globalizada, que vai da economia ao resto das coisas que existem no mundo, inclusive nos costumes.


E justamente dessa combinação economia e costumes, os comportamentos e as consequências econômicas no mundo inteiro são as mesmas, independente do grau de riqueza das nações.

Escrevi antes nesta coluna um artigo fazendo uma comparação entre investir e consumir, pedindo cautela aos consumidores na hora do endividamento, pois o mar ainda não está bom para navegar.

Investir também requer cautelas e várias são as formas. Poupança, ações, Fundos de Investimentos, Previdência privada, etc., para citarmos os mais populares.

Apesar de concentrar um alto volume de dinheiro envolvido, pequena parte da população investe no mercado de ações. Mas demonstra que ali se concentram as maiores riquezas mundiais e que estão nas mãos de poucos. E esse tipo de investimento lidera e comanda as atitudes das demais, por seu alto grau de risco de retorno e pelo seu alto grau de concentração de riquezas movimentadas.

E é ai que entra forte o fator da globalização das economias, que não tem mais fronteiras. Você pode morar aqui na Paraíba, no longínquo município de Bernardino Batista e de lá investir nos melhores mercados de ações, na Ásia ou na Europa. Bastam: o computador, conta bancária e dinheiro (e nem muito dinheiro).

Um leitor desta coluna me indagou o seguinte: porque é que quando a bolsa cai o dólar sobe, e o contrário também?

Antigamente nós éramos o quintal do mundo (e vários outros países fora do 1º escalão também eram assim) e quando Wall Street dava um espirro lá em Nova York, o resto do mundo pegava uma pneumonia (não sou o inventor dessa frase, ela fazia parte do chavão economês até bem pouco tempo). Hoje não só a bolsa de Nova York contamina o mundo, várias outras, Ásia, Índia, Europa e até a nossa BOVESPA influenciam o comportamento da economia mundial e o tamanho da crise ou fragilidade da estabilidade econômica de um País.

Hoje a Ásia e os Estados Unidos ainda são os mercados mais influentes, mas de 2007 para cá por duas vezes a nossa Bolsa (BOVESPA) teve que interromper sua operação, o pregão como se chama o evento, por iniciar operando em forte queda para que isso não virasse uma bola de neve para o resto do mundo. O dólar que variava na casa dos 2 reais já alcançava os 2,45 reais em movimentos de três dias. E vejam a ironia, caia a bolsa no momento em que a Petrobrás descobria novos poços de petróleo e os Estados Unidos havia aprovado pacotes de quase um trilhão de dólares para conter sua crise e gerar investimentos e empregos.

Mas como esse tema não é a praia de muitos mortais e eu sou apenas um dos tantos atrevidos economistas a dar palpite, tentarei explicar tudo isso de uma forma bem simples.

Imagine um grande investidor querendo se desfazer das suas ações na BOVESPA. Por lei, ao se desfazer ele recebe o que vendeu em Real, a nossa moeda. Agora imagine não apenas um investidor, mas vários grandes investidores mundiais. Ao tomarem essa atitude, os preços das ações tendem a cair (e a formar um nível de desconfiança no mercado). Ora, para levarem o dinheiro lá para fora, eles precisam transformar em dólar (aquisição) e entram para o mercado cambial. Quando há grande procura pela moeda americana, o que acontece? Fatalmente uma valorização do preço dessa moeda e dependendo do tamanho, uma forte valorização acompanhada de um stress do mercado com “essa estranha movimentação”. Esse espirro pode afetar outras localidades. Vocês não acham? Não é tão simples assim, mas é por aí...

Devemos considerar que não se transforma o Real em Dólar somente para transferir lá para fora. Adquire-se a moeda americana como um ativo de relativa liquidez, por verem que as ações estão caindo e como o tipo de investidor gosta de continuar correndo riscos de ganhos maiores que a Poupança ou outros meios mais conservadores, busca essa que dependendo da intensidade vai ao encontro da lei do mercado. Quando há mais procura há mais valorização, pois a procura fica maior que a oferta.

E porque isso acontece em relação à Bolsa? Porque a movimentação é mais rápida. A conversão de ação em dinheiro é mais líquida. Investimentos em outros ativos, como imóveis, carros, terrenos, etc., requerem um longo tempo para transformá-los em Real e o mercado não espera e não está nem para você.

Os investidores estrangeiros chamam essa movimentação de “flight to quality”, voar para investimentos de melhor qualidade naquele momento.

domingo, 10 de outubro de 2010

CADÊ AS PROPOSTAS?

A sociedade sem tomar conta com o que vem acontecendo na nossa política está deixando envolver-se pelo clima de guerra que tem se tornado frequente e está aceitando até como “natural” isso tudo em uma campanha eleitoral. Principalmente em nosso Estado, onde apesar das negativas as torcidas dos candidatos na verdade incentivam esse tipo de combate. E assim diante disso, passam a aplaudir de lado a lado qualquer fala ou colocação dos candidatos mesmo que essas falas não tenham nexos algum ou ao menos sejam factíveis.

No plano estadual os dois principais concorrentes despejaram através dos seus guias na mídia para a população uma série de verbalizações ou promessas sem qualquer conteúdo e sem a mínima “gramatura” econômica, apostando que a população mortal não sabe fazer contas, não entende de economia e sequer de contas públicas.

Se revezando nas promessas e um copiando do outro, prometeram até então o céu e a terra aos eleitores (e o inferno ao inimigo) naquilo que mais os encantam: o dinheiro no bolso.

Infelizmente esta ainda é uma realidade da nossa sociedade. Poucos querem saber o que a sua vida e a de sua comunidade vai melhorar em longo prazo e de forma permanente. Nem tão pouco se os beneficiários maiores poderão ser mais tarde os seus filhos ou netos ou que o que se plante agora seja a base para a formação de uma sociedade futura melhor. Eles querem o agora. Querem saber o que vão fazer agora para lhes agradar. Traduzindo, os “quantos” vão ganhar agora.

Nesse contexto o maior filão acabou se tornando o Programa Bolsa Família, que tem o seu mérito, o bom propósito se bem conduzido e agregado com outras políticas públicas, mas da forma que foi envolvida na disputa política virou a “Geni” da campanha eleitoral. O Programa Bolsa Família passou a ser disputado pelos candidatos como se eles tivessem controle ou domínio sobre as regras, cadastro e recursos. Não tem. A não ser que criem o seu próprio programa o que não é a pretensão de nenhum deles.

Por outro lado, prometeram abonar contas de água e luz, sem combinar com os órgãos competentes, inclusive com as empresas que dispõem de capital próprio e uma delas é da iniciativa privada.

Controle da despesa pública, construção de hospitais, estradas e concursos são promessas repetitivas, óbvias e digam-se de passagem, são coisas que ocorrerão quem quer que seja o ganhador deste pleito eleitoral. O que a população deveria estar preocupada e cobrar dos candidatos são as propostas para colocar a Paraíba no eixo do desenvolvimento, para ser polo de investimentos externos e do Governo Federal, ideias para trazer obras estruturantes e geradoras de empregos e receitas. A “pavimentação” da nossa economia para tornar o nosso Estado terra de oportunidades para os empresários, principalmente para os pequenos e médios, e por fim aumentar a participação dos nossos produtos no mercado nacional e internacional além de desenvolvermos o turismo com mais profissionalismo.

José Maranhão e Ricardo Coutinho devem despertar agora e deixar de lado a picuinha da vida alheia, as agressões e os rancores e demonstrar para a população que ambos são candidatos à altura para o cargo que almejam.

Não ouvimos ainda falar disso na campanha. Estamos esperando.

Cadê as verdadeiras propostas?

domingo, 16 de maio de 2010

QUAL É A NOSSA VOCAÇÃO ECONÔMICA?

Eu me sinto bastante honrado em poder escrever para vocês, e passei alguns dias fazendo uma reflexão sobre o tema que colocaria no ar desta vez.


Os que me conhecem sabem que não sou filho nato de João Pessoa, mas me considero filho adotivo e repito inúmeras vezes em todos os lugares sem nenhuma demagogia: em amo esta cidade. E tenho todos os motivos para passar os restos dos anos de minha vida aqui, pois aqui fui acolhido e aqui constitui família, onde os meus filhos são filhos nativos com muito orgulho desta terra.

Por isso, tudo que penso e escrevo tem sempre a nossa Capital em destaque. Embora defenda a Paraíba e todos os seus entes que a constituem.

Retornando, andei fazendo uma reflexão dias atrás e pensei: qual é a verdadeira vocação econômica de João Pessoa? Confesso que não cheguei a nenhuma certeza clara. Tenho algumas pistas, conversei com algumas pessoas. Mas preciso da ajuda do leitor para este debate.

Quando falamos com alguém sobre um determinado lugar vêem em primeiro lugar na nossa mente as características dela. Se falarmos de Campina Grande, pensamos que é uma cidade tipicamente comercial com forte presença das inteligências em campus universitário. A inteligência tecnológica está colocando as unhas de fora agora, mais ainda é cedo para dizer que ela é produtora de tecnologia. O Grande Recife além do turismo tem uma forte presença na exportação, devido ao Porto de Suape, tem também um enorme comércio e um parque industrial poderoso em termos de Nordeste. Caruaru: comércio, turismo e artesanato. São Paulo: indústrias, construção e exportação. E assim vai. Cito apenas algumas só para exemplificar o que quero dizer. E João Pessoa?

Apesar do crescimento, o nosso turismo ainda é tímido, sazonal e estatisticamente não somos a primeira opção dos que nos visitam. O nosso parque hoteleiro ainda deixa a desejar. O comércio é precário e ainda é comum nos depararmos com amigos nossos nos corredores dos shoppings das capitais vizinhas. No setor de serviços, precisamos preparar melhor a nossa mão de obra e por isso estou com dificuldades agora para me lembrar de um ramo dela que tenha destaque. Indústrias? Quais as novidades de indústrias significativas nestes últimos 15 anos? Não temos mais a mesma importância pesqueira do passado. O que de fato foi novidade nos últimos anos foram os comércios de “ATACADÕES”, “LOJAS DE MIUDEZAS IMPORTADAS”, que não representou geração de tantos empregos assim. Os grandes Supermercados sim trouxeram empregos e concorrência, mas está focado em apenas 3 grandes marcas.

Então, será que nosso estigma ainda é de uma cidade típica de funcionários públicos? Este ainda é sim um setor forte e infelizmente ainda é uma das nossas marcas. Seja qual for as esferas, federal, estadual ou municipal ainda é o sonho para a maioria das pessoas que aqui nascem ou se mudam, buscar ter rendas pagas pelo poder público. Mas eu não tenho tanta certeza ainda de que esse setor representa a mola propulsora da nossa economia.

A construção civil hoje em João Pessoa é muito mais significativa, proporcionalmente, do que para Recife, Salvador, Fortaleza e outras capitais nordestinas, mas precisamos aferir duas condições ainda por decifrar: qual o impacto no emprego e na geração de riquezas para os envolvidos com o setor e por fim, esse boom do Programa Minha Casa Minha Vida até quando durará? Precisamos avaliar.

Mas uma coisa é certa, os futuros governantes que tem responsabilidade para com a nossa Capital precisam refletir o que precisa ser feito para encontrarmos a nossa vocação econômica e dotar de infra-estrutura que torne a nossa capital João Pessoa tão competitiva quanto as demais maiores do Nordeste e do Brasil. Precisamos pensar juntos.

E conto com a colaboração do leitor.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A NOVA LEI DO INQUILINATO E O MAU PAGADOR!




“Amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada!”. Trecho da música composta por Accioly Neto, recém evidenciada na voz do discípulo de Luiz Gonzaga, o cantor Santana.


Mas o Mercado Imobiliário poderá ferver!

Isso. Com a entrada em vigor da nova Lei do Inquilinato (Lei n° 12.112/09) já a partir do próximo dia 25, teremos mudanças profundas nas relações entre proprietário, imobiliárias e locadores. É que a nova Lei vem recheada de medidas em benefício do locador, para dar mais segurança ao patrimônio ao tempo em que acelerará os procedimentos de despejo e melhorará o papel do fiador. A maioria das mudanças valerá tanto para os imóveis residenciais como para os não-residenciais.

A Lei n° 12.112/09 modifica vários pontos da Lei n° 8.245/91, a antiga lei do inquilinato.

Num País onde as Leis e o Sistema estavam acostumados sempre a proteger o mau pagador, o inadimplente, ou no popular, o caloteiro, a nova Lei do Inquilinato cai como uma ducha de água fria em dia de muito frio na cabeça dessas pessoas. Para o bom pagador pouco muda, já que está acostumado a andar na linha. Mas cria certa pressão para que continue assim.

Os operadores do mercado já estão meio que apavorados, pois se cria uma expectativa de que haverá uma diminuição na procura e como conseqüência, a queda nos preços locatícios. Ai o bom pagador será beneficiado.

E porque tudo isso?

Entre as principais mudanças, para explicar melhor o que tentamos dizer, estão as seguintes questões:

- facilidade no processo de despejo, seja imóvel residencial ou comercial, que passará a se valer de um rito sumário;

- agora em caso de não renovação, o inquilino terá que desocupar o imóvel em 30 dias;

- com apenas um mandato judicial, em processo de despejo, o inquilino estará definitivamente avisado da obrigação de desocupar o imóvel (anteriormente o rito se arrastava por mais de um ano, em razão da necessidade de vários mandatos e diligências;

- desoneração da fiança. A nova lei prevê que o fiador poderá desistir no curso do contrato comunicando sua intenção às partes com a antecedência de 120 dias, ficando o inquilino obrigado a substituí-lo. Se não o fizer, o contrato será transformado em locação sem fiança, que reduz o prazo de desocupação em caso de mandato judicial para 15 dias,

- como já acontece em algumas relações de consumo, o novo contrato agora irá prever uma multa rescisória equivalente e proporcional aos meses vincendos. Antes a multa era integral.

- o inquilino não poderá ficar devedor duas vezes a cada 12 meses;

Quando a Lei ainda era projeto, ano passado, a idéia provocava somente euforia para os proprietários e imobiliárias ou corretoras. Todavia, o mercado trabalha com um dos pilares primários da economia: a lei da procura e da oferta. E como nos ensina a ciência, para toda ação, há uma reação. E é essa reação que vem se desenhando hoje que está deixando alguns “operadores” do mercado de cabelo em pé.

De imediato uma das reações esperadas será uma diminuição na procura, em face da maior responsabilidade que será assumida pelo locatário. De fato equivocadamente alguns se escondiam atrás da figura do fiador para tomarem posse do imóvel alheio e não pagarem apostando na impunidade.

Ainda, nós sabemos que os imóveis para aluguéis existente no mercado nesses dias vêm enfrentando uma concorrência muito forte que é a facilidade com que a CAIXA vem oferecendo para o acesso ao financiamento da Casa Própria. Seja através do Programa Minha Casa Minha Vida, na Carta de Crédito FGTS ou através da Carteira do SBPE, a procura pela realização do sonho de ter o seu cantinho para morar tem feito muita gente, mesmo na faixa de 01 a 03 salários mínimos, encherem os balcões da CAIXA em busca do financiamento habitacional.

Já o mercado de imóvel comercial não enfrenta essa concorrência, assim como dos imóveis para veraneio, todavia, poderão ser afetados por tabela e por outras razões.

Uma das questões que atinge os imóveis comerciais dizia respeito à possibilidade das empresas buscarem na justiça ma indenização à título de lucro cessante, pela perda do “ponto”, pela falta de acordo e pela não renovação do contrato. Respeitando-se os novos prazos legais, a falta de acordo e o interesse do proprietário do imóvel, os empresários que não tem imóvel próprio se sentirão inseguros em relação aos seus investimentos, já que o contrato poderá ser facilmente objeto de distrato agora sem brecha para indenização.

Claro que aparecerão outros para emitirem sua opinião em contrário e eu respeito os pontos de vistas divergentes, mas reservo-me o espaço para lançar o tema, pois apesar do longo período em que o projeto tramitou até se transformar em lei ter sido um tempo razoável, a população (na sua maioria) não está “antenada” ou não está nem aí para o que vem pela frente.

E dia 25 já é a próxima segunda-feira. Vale para antigos e novos contratos. E sabemos que a grande parcela da população ainda vive da locação (proprietários e inquilinos).

Por tudo isso é importante destacar também que a Lei tem os seus fundamentos lógicos, pois como nós sabemos essa grande parcela de proprietários de imóveis, principalmente os residenciais, é formada de pessoas que fizeram disso um meio de sobrevivência, garantindo ou complementando sua renda de aposentadoria.

Há quem garanta que em médio prazo outra reação será o surgimento de mais outros tantos imóveis disponibilizados para locação, diante da certeza da liquidez e da nova relação comercial estabelecida, afastando os maus pagadores ou os que agem em má fé. E há ainda quem diga que o mercado presenciará contratos sem fiador, pela certeza do recebimento e pelo cerco objetivado pela nova Lei.

Bom, mas não haverá mudanças nos meios de ajustes dos valores. As regras permanecem as mesmas.

E como tudo na vida a gente se acostuma, se acomoda, com o mercado não será diferente, pois a maior preocupação dos legisladores foi promover um equilíbrio nessa relação, até então mais favorável para quem não pagava, pagava com elevado atraso ou agia com má fé.

A grande interrogação que fica no momento será até onde vai à criatividade do ser humano, daquele contumaz devedor, que já a partir de agora estará debruçado em cima de “fórmulas” para driblar o novo ordenamento jurídico estabelecido.

Ao Governo e a própria CAIXA o mercado talvez abra um novo filão para agir e incrementar: o de imóvel comercial, pois o outro ela já cuida tão bem e o mercado se encarregará do resto. Não que isso não vinha acontecendo, mas estima-se que esse item será objeto de preocupação doravante pelos empresários (de qualquer porte), diante da possibilidade de retomada do imóvel, mesmo que imotivada. Se você tem o imóvel residencial solicitado de volta ou tomado, você querendo hoje num instante vai "arrumar" um cantinho para passar uns dias enquanto consegue outro. Agora vá dizer isso a um empresário, detentor de um acervo de móveis e equipamentos que o deixe num cantinho até conseguir algo novo...

Não tenho essa estatística ainda, mas como bons observadores perceberam que a grande maioria das pequenas e médias empresas não dispõe de local próprio, e o que dizer do micro e do comércio ainda informal? Aqui a insegurança será ainda mais presente.

Faço essas observações sem adentrar em aspectos meramente jurídicos apesar de ter também essa minha formação, mas procurei me ater ao campo da economia e da experiência no mercado e em gestão pública.

Mas o assunto é palpitante e poderá e deverá ser objeto de debates com os operadores jurídicos que militam nos contratos em espécie e com os agentes do mercado imobiliário, face o seu alcance. Debates esses em certo ponto tardio, pois segunda-feira está por vir.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Blog do Luis Torres

Gosto dele, é jovem e um vencedor.

Mas ele não é um comentarista político e não aje como jornalista e sim como torcedor. Todos sabem para qual lado torce.

http://www.paraiba1.com.br/luistorres/post?id=1779#comentar

Ah, nossa João Pessoa 2!

Um exemplo concreto do que falei sobre o descaso: crianças abandonadas à própria sorte.

Por onde se anda em João Pessoa, em qualquer esquina, o que presenciamos são crianças desprotegidas do compromisso social propalado pela Prefeitura de João Pessoa.

Um retrato vivo do que digo está nas fotos abaixo, tiradas à luz do dia embaixo da marquise do Mercado de Artesanato na Rui Carneiro, em frente a uma agência bancária. Quem ainda não viu? Só quem for cego e mesmo assim, se não usar bengalas, pois iria tropeçar nas crianças!




cansados ou drogados!



lançados à própria sorte!



sem projeto ou ação!



a falta de esperança!



impotentes com o descaso, as pessoas já não sabem o que fazer!

Ah, nossa querida João Pessoa!

A nossa Capital é uma das mais bonitas do Nordeste, dispõe de uma boa localização, bonitas praias e um povo acolhedor.

E vem recolhendo os reflexos do momento econômico que o País atravessa, repercutindo no boom turístico diante da facilidade com que os brasileiros estão tendo para o crédito. Resultado, a cidade está repleta de turistas de todos os cantos do Brasil, alguns até de fora.

Mas o nosso cartaz é ameaçado por algumas questões de paralisia da administração pública, seja Estadual ou municipal.

A cada dia que passa o que estamos assistindo é uma competição de maldade. Quem faz mais maldade ao outro. O prefeito e o governador. Mas quem mais sofre é o cidadão paraibano, pelo desamor dos dois.

Não precisamos dar muitos exemplos não, pois eles estão à mostra e em parte a população até participou dessa disputa, bastam ver os comentários nas ruas, nas emissoras de rádio e televisão ou nos jornais.

Interdição da Estação Ciências, festas de fim de ano, retirada das placas das obras do Estado pela prefeitura, disputa pela (não) execução do viaduto da Epitácio Pessoa, etc., são apenas capítulos recentes dessa novela mexicana, onde o povo é ignorado e a disputa sem pudor pelo poder é a única coisa que importa para os dois.

Já vi muitos casais de famílias brigarem desse jeito, e por um tempo, arrumam outros “namorados”. Depois se reconciliam ignorando a maldade praticada contra terceiros.

Vamos ver no que vai dar.

TWIT...!!!!!

Twittear... Twittar... procurei e não achei.




Alguém me ajude please!

Que verbo e conjugação usaremos para quem manda mensagem utilizando o twitter?

Não vale piadas. Já rolou demais esta semana.

E por falar em semana, o grande vitorioso foi o Senador Cícero Lucena, que falou, demonstrou e convenceu.

Zerou todo o jogo político, abrindo novas perspectivas.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

COLHER DE PEDREIRO, AREIA E CIMENTO

Circula pela imprensa uma foto de uma ocasião recente onde o suplente de Vereador Djanilso da Fonseca em uma visita ao Governador Maranhão fez a entrega de um troféu cujo modelo é uma colher de pedreiro, talvez para lembrar o badalado título que o governador invocou para si de "Mestre de Obras".
Além da foto, um fato já passado, seguem os comentários dizendo que Djanilson iria pedir ao governador o troféu de volta, pois não viu ainda obra nenhuma no Estado. E teria dito: "dei a colher de pedreiro, mas não posso dar a areia e o cimento".
A frase é interessante e pode até sintetizar realmente o pensamento do paraibano, que esperava mais deste governo que assumiu em fevereiro de 2010, mas que se dizia preparado para o poder desde 2007.
Mas o que eu quero colocar aqui é que conheço o caráter do suplente de vereador, sei da sua postura pessoal e política e ele não faria isso. E se disse que iria tomar o que foi dado, foi num tom amistoso, alegre e humorístico, para dizer o que a sociedade reclama por aí.
E vou além, a sociedade também quer saber se alguém deu a mesma colher a Ricardo Coutinho, pois ele só faz obra para rico, como o retão de Manaíra que só beneficiou diretamente o Shopping, o terminal da integração, que beneficiou as linhas de ônibus e a Estação Ciências, que beneficiou a si próprio já que aquilo não tem nada de Cultura e nem mostrou ainda para que foi construído, além de servir de painel para fotos. A colher de Ricardo é a colher da ditadura, da arrogância, da prepotência, que se acha Deus e acima dos homens e da Lei.
Encheu a prefeitura de terceiros, não apenas para os cargos comissionados.
Bom, mas voltando, Maranhão certamente saberá entender que não partiu de Djanilson a idéia de tomar a colher de volta, mas certamente mandará um dos seus auxiliares ir buscá-la rapidinho para lapidá-la e meter a mão na massa, pois se não estará fadado a não ter fôlego para terminar o ano.
Enquanto isso, tem político que não recebeu "colher" nenhuma, na verdade recebeu as bençãos de Deus, por ser religioso e praticante, e que vem caladinho, aguentando tudo que tentam fazer com ele, mas que como um bom obreiro vem pregando que o nosso Estado merece alguém que está bem acima das questiúnculas, das mesquinharias e da arrogância do poder. Esse homem existe.

Vejam a reportagem sobre o Djanilso no link abaixo:

http://www.paraiba1.com.br/luistorres/post?id=1609#comentar

ARROGANTE E PREPOTENTE.

Voltei, depois de um período de descanso merecido.
E voltei com a língua toda...
Aguardem!

Prá começar, ronda uma pesquisa pela internet para ver quaal é a liderança política que mais arrogante e prepotente.
Isto, cujo significado podemos interpretar como o de rejeição pela população.

Resultado disparado para Ricardo com 42% e Maranhão 37. Só aí representam 79%. É muita rejeição.

Cássio vem com 10% e Cícero apenas com 9%.

A pesquisa não tem nenhum valor científico, trata-se na verdade de uma enquete, mas demonstra o alto índice de rejeição dos dois postulantes que se badalam demais. Enquanto isso, mesmo com a traíragem toda, Cícero vai ganhando o apoio popular e a simpatia muito além do litoral.

Enquanto alguns não passam da ponte de Bayeux.